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  • Dra Ana dos Anjos

PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE FEMININA QUANDO ESTÁ INDICADA?


PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE FEMININA QUANDO ESTÁ INDICADA?

As principais indicações para preservação da fertilidade feminina encontram-se, principalmente, em mulheres que serão submetidas a algum tratamento de câncer que possa afetar a fertilidade (radiação, quimiterapia), e mulheres que tenham indicação de cirurgias pélvicas radicais (ooforectomia), mas também ,pode ser indicada mulheres que desejam adiar a maternidade por motivos pessoais.

Com a evolução das técnicas de reprodução assistida e de criopreservação, tornou-se viável o armazenamento de oócitos (óvulos), embriões ou tecido ovariano de forma segura e sem causar prejuízo a este material por um longo tempo.


NO ADIAMENTO DA MATERNIDADE:


É cada vez mais comum mulheres com desejo de adiamento da maternidade seja por motivos profissionais ou pela falta de um parceiro. A idade é um fator crucial na fertilidade feminina. O auge da fertilidade feminina é em torno dos 20 anos, quando geralmente a mulher ainda não está bem estabelecida no mercado de trabalho. Após 35 anos ocorre uma queda drástica na fertilidade feminina, o que pode gerar tanto dificuldade ou impossibilidade de concepção, como também aumentam o risco de abortamentos ( principalmente em decorrência de problemas genéticos).

Por isso se a mulher já possui 35 anos e deseja ter filhos, mas não há possibilidade de isto ocorrer em um futuro próximo, o aconselhado é a preservação da fertilidade seja por meio da criopreservação de oócitos (mulheres sem parceiro) ou da criopreservação de embriões ( mulheres com parceiros).

NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO:

Ao contrário do que muitos pensam é possível fazer estimulação ovariana rapidamente (qualquer fase do ciclo menstrual) e de forma segura para coleta de oócitos sem protelar início do tratamento oncológico, não afetando o prognóstico da doença. Nestes casos poderão ser criopreservados embriões ( se paciente já possui parceiro ) ou oócitos (óvulos) nos casos sem parceiro.

Nos casos de pré-puberes está indicada a criopreservação de tecido ovariano. ( técnica muito recente ainda, ainda em fase de estudos).

EM CASOS DE CIRURGIAS PÉLVICAS RADICAIS (endometriose, retirada dos ovários):

Algumas cirurgias pélvicas podem reduzir a reserva ovariana e neste caso pode ser aconselhável a preservação da fertilidade por umas das técnicas descritas anteriormente.


COMO O TRATAMENTO É FEITO?

No caso de criopreservaçãoo de oócitos (óvulos) ou de embriões a estimulação ovariana é feita da mesma forma. A mulher faz uso de uma medicação injetável diariamente por aproximadamente 10 dias. Concomitantemente é realizada ultrassonografia para acompanhamento do crescimento folicular. Quando prontos para serem coletados, a mulher é submetida a punção por via transvaginal e sob sedação. Se o intuito é armazenar embriões, é realizada a fertilização in vitro, no laboratório, para seu armazenamento. Se o intuito é criopreservação de oócitos é realizada o processo de vitrificação nos oócitos maduros. Não há prazo para utilização deste material e eles conservam a idade em que foram congelados.

Já na criopreservação de tecido ovariano, a técnica utiliza a videolaparoscopia ou cirurgia aberta, para remoção deste tecido e posteriormente vitrificação em laboratório.

EXPECTATIVAS:

É importante lembrar que a criopreservação de embriões, óvulos ou tecido ovariano não é garantia de gestação, mas para alguns pacientes é a única chance de uma gravidez futura. Ressaltando que quanto mais precoce o congelamento dos oócitos (óvulos) e quanto maior a quantidade, maiores são as chances.


Veja a tabela abaixo:


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